O vaso de flores
Sem flores
Retirou o ramalhete
E colocou no lugar
Si mesma
Para que fosse regada
Mais um dia a acolhe
O oceano está distante
Ensaia ver as ondas
Da varanda
Senta-se com o livro
Sobre os joelhos
E a brisa avança
Toca seus cabelos
Os olhos fechados
As mãos molhadas
De um mar salgado
Traços de um mundo
No qual ela acredita
A areia fina
O ruído das ondas
De um dia querido
São milhares de casas
Muitos cenários
Ela se senta e assiste
Encantada
E esse mundo, ela esqueceu
Vazou por entre os dedos
Esse mundo
Não era o seu
foto: Wikimedia – Nordsee Wellen
TS